A Prefeitura de Estreito (MA) decretou situação de emergência nível II (média intensidade) em virtude do desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na BR-226, no domingo passado (22), entre a cidade maranhense e a vizinha Aguiarnópolis (TO).
Assinado pelo prefeito Léo Cunha (PL), o decreto cita impactos ambientais, estruturais, de mobilidade e saúde pública. “Não era tão espera esse impacto começasse a chegar tão cedo. E realmente estamos nos deparando com essa situação. Ver toda a cidade mudar seu ritmo do dia para a noite em relação a tudo”, destacou o prefeito.
Segundo o prefeito, mais de 19 mil pessoas foram impactadas direta ou indiretamente pelo colapso da estrutura, causando prejuízo em todas as áreas como atividades agrícolas, pesqueiras e de abastecimento hídrico. “A economia, a parte social, saúde, infraestrutura, tudo está alterado”, afirma Léo Cunha.
A Prefeitura de Estreito mobilizou recursos humanos e materiais em larga escala, mas enfrenta o esgotamento de recursos sendo indispensável apoio técnico e financeiro, e pede apoio a níveis estadual e federal.
A decretação da situação de emergência tem validade inicial de 180 dias, prorrogável por igual período, se necessário. Com a medida, fica mais fácil a obtenção de recursos do estado e da União para ações emergenciais, mitigação de impactos e recuperação das condições de normalidade.
A ponte Juscelino Kubitschek desabou no momento em que 10 veículos transitavam pela estrutura. O impacto destruiu parte da ponte, lançando os veículos ao Rio Tocantins. Equipes da Marinha, do Corpo de Bombeiros e de outras forças de resgate foram mobilizadas imediatamente.
Entre os veículos que caíram no rio havia caminhões que transportavam agrotóxicos e ácido sulfúrico. Na quarta-feira (25), a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) informou que a análise de qualidade da água do indicou que não houve vazamento de ácido sulfúrico e defensivos agrícolas após o desabamento da ponte.