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Caso Patrícia Almeida: Preso no Pará acusado de matar ex-mulher em Imperatriz

Ele era procurado por matar sua ex-mulher, Patrícia Almeida Silva, de 34 anos, no dia 4 de novembro de 2023, na cidade de Imperatriz

26/09/2024 às 10h05
Por: Imperlove Fonte: Redação
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Caso Patrícia Almeida: Preso no Pará acusado de matar ex-mulher em Imperatriz

Foi preso na madrugada desta quinta-feira (26) Daniel da Costa Silva, de 39 anos, em Lindoeste, no Pará. Ele era procurado por matar sua ex-mulher, Patrícia Almeida Silva, de 34 anos, no dia 4 de novembro de 2023, na cidade de Imperatriz. A prisão foi resultado de uma investigação que mobilizou as polícias civis dos estados do Maranhão e Pará, com apoio de denúncias anônimas.

Patrícia Almeida foi morta com um tiro na cabeça após ser sequestrada por Daniel, que não aceitava o fim do relacionamento. O crime aconteceu no dia 4 de novembro de 2023, mas o corpo da vítima só foi encontrado nove dias depois, no dia 12 de novembro, em uma fazenda na zona rural de Governador Edison Lobão, próximo a Imperatriz. De acordo com a Polícia Civil, o corpo já estava em avançado estado de decomposição quando foi localizado.

A motivação do crime está relacionada ao fim do relacionamento entre Daniel e Patrícia. O suspeito, segundo as autoridades, não aceitava a separação e já havia demonstrado comportamento violento contra a ex-companheira. Patrícia havia conseguido uma medida protetiva contra Daniel depois de um episódio de sequestro e agressão, que foi registrado em julho de 2023.

Medida Protetiva e Histórico de Violência

Patrícia Almeida já havia denunciado Daniel por violência doméstica e conseguiu uma medida protetiva de urgência, após um episódio grave ocorrido em julho. Na ocasião, Daniel abordou Patrícia na rua, forçou-a a entrar em seu carro e a agrediu fisicamente. Esse episódio foi registrado por câmeras de segurança, o que facilitou a emissão do mandado de prisão contra Daniel, que, no entanto, continuou foragido até o crime de novembro.

O desaparecimento de Patrícia em novembro ocorreu sob circunstâncias suspeitas. A família informou à polícia que ela havia saído para trabalhar no dia 4 de novembro e nunca mais voltou. Dada a existência da medida protetiva, a família imediatamente suspeitou do envolvimento de Daniel, que estava foragido desde o episódio de julho.

Após o sumiço, a família registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Mulheres de Imperatriz, e as investigações logo apontaram para o ex-marido como principal suspeito.

As buscas por Patrícia duraram nove dias, até que o corpo foi encontrado por populares que estavam colhendo frutas em uma fazenda na zona rural de Governador Edison Lobão. O local onde o corpo foi localizado ficava próximo a um centro de distribuição de uma rede de supermercados, em uma área afastada da cidade. O reconhecimento foi feito pelos familiares, que identificaram as roupas e outros objetos pessoais de Patrícia. O estado avançado de decomposição dificultou o trabalho da perícia, mas, no dia 13 de novembro, o Instituto Médico Legal (IML) confirmou que a causa da morte foi um tiro na cabeça.

O carro de Daniel, que usou para sequestrar a vítima, foi localizado pela Polícia Militar na zona rural de Davinópolis, também na região de Imperatriz. O veículo apresentava manchas de sangue, o que reforçou a tese de feminicídio. O veículo foi recolhido e encaminhado para perícia.

Envolvimento do Padrasto de Daniel

No decorrer das investigações, a polícia prendeu temporariamente o padrasto de Daniel da Costa Silva, sob suspeita de envolvimento no crime. Segundo o delegado James dos Anjos, da Delegacia de Homicídios de Imperatriz, há indícios de que o padrasto teria ajudado a ocultar o veículo utilizado por Daniel na fuga. O homem foi preso no dia 16 de novembro, quando foi chamado para prestar um novo depoimento na delegacia.

O delegado explicou que a prisão do padrasto foi temporária, enquanto as investigações continuaavam, e não descarta a possibilidade de outras prisões relacionadas ao caso. “Entendeu-se que, para o melhor andamento das investigações, fosse decretada a prisão de Daniel e de seu padrasto neste primeiro momento. Posteriormente, outras pessoas podem ser presas também”, afirmou James dos Anjos.

A Fuga de Daniel e a Força-Tarefa

Após o crime, Daniel fugiu para o estado do Pará. Ele foi visto pela última vez no distrito de Lindoeste, próximo à cidade de São Félix do Xingu, antes de ser capturado. Durante as buscas, os policiais encontraram uma motocicleta que teria sido usada por Daniel para fugir de Imperatriz, além de objetos pessoais dele no local onde estava escondido.

A força-tarefa formada pelas polícias civis do Maranhão e do Pará começou a intensificar as buscas em pontos estratégicos da região, após as denúncias de que Daniel estava escondido no Pará. As equipes de investigação fizeram uma série de abordagens em locais onde o suspeito teria sido visto.

Durante semanas, as autoridades trabalharam para localizar Daniel, divulgando um cartaz de procurado com uma recompensa de R$ 11 mil para quem tivesse informações que levassem à sua captura. O caso teve grande repercussão local e nas redes sociais, onde circulou o cartaz de procurado.

A Prisão de Daniel da Costa Silva 

Graças a denúncias anônimas, Daniel foi localizado e preso na madrugada desta quinta-feira (26) em Lindoeste, no Pará. Segundo a polícia, ele estava escondido em uma propriedade rural, mas não resistiu à prisão. A captura foi possível após semanas de investigações conjuntas entre as polícias dos dois estados.

Daniel foi encaminhado para a Delegacia de Tucumã, no Pará, e será transferido para Imperatriz, onde responderá pelos crimes de feminicídio, sequestro e violência doméstica. As autoridades acreditam que ele planejou o crime com antecedência, uma vez que já havia sequestrado Patrícia em outras ocasiões e cometido atos de abuso contra ela.

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